POR ONDE ANDA A TIAZINHA

Por onde anda? Suzana Alves,

a eterna "Tiazinha"


Por onde anda? Suzana Alves, a eterna "Tiazinha"
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Por Talita Boros
Há dez anos ela flutuava na mente de onze entre dez homens. Com sua máscara preta e o inseparável chicote nas mãos, levava à loucura todos os seres do sexo masculino e era odiada pelas ciumentas de plantão. Em 1999, Suzana Alves, a "Tiazinha", era, sem dúvida, a mulher mais desejada do Brasil. Uma década depois, ela nada tem a ver com a personagem que a tornou conhecida.
"Antes sentia muita falta da minha privacidade, mas agora percebi que sou uma pessoa normal. O que importa é a minha postura", diz.
"Tiazinha" foi capa de várias revistas masculinas. A edição da revista "Playboy" a qual foi capa, em 1999, é ainda hoje a segunda mais vendida da história da publicação. As páginas recheadas com as curvas da bela morena chegaram ao impressionante número de 1,2 milhão de cópias vendidas.
No mesmo ano, ela decidiu tirar a máscara, aposentar o chicote e voltou a ser apenas Suzana Alves. Muitos acreditam que a morena se "desmascarou" cedo demais e afirmam que esse foi o motivo de nada ter dado muito certo em sua carreira a partir daí.
"Depois de dois anos como 'Tiazinha', eu estava me sentindo sufocada. Queria retomar minha carreira, não queria ser atriz de um personagem só", explica Suzana. "Sofri muito preconceito, o que era até natural. Mas isso doía em mim", completou.
Após 'pendurar" a máscara e o chicote, ela tentou de tudo – novela, reality show, cinema e até gravou um disco. Isso mesmo, Suzana acreditou e a gravadora Sony Music comprou a ideia. Por sinal, um dos maiores fracassos da gigante do meio musical.
No cinema e na televisão seus papéis nunca atingiram nem de longe o sucesso que mantinha quando depilava as pernas peludas dos marmanjos do "Programa H", na época apresentado por Luciano Huck e transmitido pela Band.
Durante o auge de sua fama, ainda como a dominatrix dos sonhos masculinos, Suzana chegava a receber R$ 15 mil por evento que aparecia e sua estimativa de lucro com os produtos licenciados que mantinha era de R$ 30 milhões.
Os anos passaram e Suzana foi sumindo. Mesmo com participações esporádicas em novelas e filmes, nunca mais atingiu a fama que tinha experimentado o gosto anteriormente.
"Acho que a minha vida é normal, não tenho preocupação se estou maquiada ou não, bem vestida ou não. Hoje em dia estou podendo viver a minha vida normal. Apesar do assédio, as pessoas me tratam com muito respeito", afirma.
Pelo menos, ela terminou a faculdade que tinha abandonado para se dedicar 100% ao rebolado de "Tiazinha". Oito anos depois de começar o curso, em 2004 Suzana se formou em jornalismo.
"Meu maior sonho é conseguir me estabilizar profissionalmente. Conquistar o meu campo como atriz, como cantora e ser respeitada. Já descobri a me respeitar e agora sei que as pessoas me respeitam também", declara.